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sábado, 1 de fevereiro de 2014

Lenhador, lenha a dor (iPod Note)

Era um diferente. Se andassem para esquerda, iria para direita. Nem sempre ser diferente é bom; fácil; indolor.
Tinha o coração em brasas, mas as pessoas são geladas. E aos poucos, foi esfriando; foi faltando lenha para aquecer. Passou a procurar lenha, então. Fugiu para uma floresta. De início, pegava as lenhas podres das árvores já mortas no chão. Procurava, mas não encontrava lenha boa, porque as árvores eram jovens demais, e lenha jovem não dá boa chama. Tornou-se lenhador, mas sem lenha. Sentia frio, sentia dor.
E com o passar dos dias, dos meses, dos anos; decidiu pegar o seu coração e por num congelador. Quem sabe assim, congelasse sua dor. Ou talvez, quem sabe assim congelasse sua brasa, já pequenina, numa tentativa de não se apagar. Quem sabe assim, ganhasse mais tempo para encontrar uma lenha certa, e preservasse sua brasa no congelador. Quem sabe assim, formasse uma espécie de gelo quente; Gelo por fora, brasa por dentro.
E no decorrer do tempo, encontro algumas árvores saudáveis, mas de lenha ruim. Corto alguns galhos, tento acender uma fogueira, mas o fogo não se mantém, ele logo se apaga... Entrego, então, nas mãos de Deus, e peço que tenha piedade... Uma vez entregue à Deus, eu então dou Adeus à árvore, à lenha, e ao pequeno fogo.

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