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domingo, 6 de novembro de 2011

São só palavras


Qual o poder que as palavras têm afinal?
Palavras podem ser ásperas, ser carinhosas,
Atenciosas, violentas e até mesmo como rosas.
Lindas, mas com espinhos, imersas no vendaval.

Palavras são só palavras. Será mesmo verdade?
Como é vazio o peito daquele que tudo faz,
E nenhuma palavra recebe, sempre no jamais,
Perdido no nunca e pra sempre, na maldade...

Economizar nunca fora uma péssima idéia.
Até começarem a economizar palavras ...
Egoísmo de uma parte, perdido na platéia.

O cansaço domina o corpo, e a dor também.
Os olhos então fecham-se, e elas chegam.
Silenciosas como pedras, ardentes como fogo.


domingo, 25 de setembro de 2011

Gaivotoar


Será que sentir saudades é sinal de fraqueza? E sentir ciúmes, algum sinal?
Em momentos como esse, poucas palavras são muito, e muitas nada são.
A saudade não tem definição, mas tem sintomas; dor, agonia, sofrimento especial,
Vazio no peito... Já os ciúmes; ódio, raiva, insegurança e aperto no coração...

E quando pensamos que não pode piorar, entra um agravante: A distância.
Longe de tudo, não sabemos o que acontece, e é nela que nasce a saudade...
É nela que cresce o ciúme, é na distância que descobrimos a nossa arrogância
De não querer ouvir nada, sendo ignorantes, ignorando a verdadeira realidade.

Enquanto que a falsa nos torna paranóicos, loucos, confusos e idiotas...
São sempre nas mesmas horas que brota essas vontades retardadas,
Nas quais tudo, digo tudo mesmo, que queríamos não podemos ter.

E são nessas horas mongolóides as quais nos tornamos crianças gaivotas,
Voando por entre mares e mares de possibilidades e na busca de desejadas
Maneiras de ter o que não podemos, com uma única certeza: a de nunca esquecer.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

O Jardim e a chave

Se um dia, este rapaz amar a uma mulher,
Não faria promessas, não faria juramentos.
Daria sua palavra, sua vida e tudo o que tiver.
Mas por enquanto, não passam de pensamentos.

Se um dia, encontrar o que chamam de amor,
Se neste dia ele ainda estiver a respirar,
Será como num quadro branco, por cor;
E dos melhores sonhos, a felicidade, conjurar.

Protegeria de tudo, guardar-lhe-ia em seus braços,  
Conheceria a liberdade, sem hastes de uma cela
De prisão; aquecer-lhe-ia com o calor de seus abraços

Sempre que desejasse. Encontraria os lábios dela
Como a margem da praia encontra o mar aberto.
Mas como disse, não tenho a chave para meu Jardim secreto.



sexta-feira, 22 de julho de 2011

Dias noturnos


 Há dias em que o sol não aparecerá no céu,
A lua estará coberta pela neblina, sem luar,
E as estrelas estarão escondidas pelo véu
Da noite, sem luz, sem ter o que nos guiar.

Há dias nos quais parecerá tudo confuso,
E uma única lembrança boa, pode ser
A solução, uma coisa pequena, besta, sem uso...
Mas nem todos têm o que lembrar, mas o que esquecer.

Dias como esses, a esperança parece não existir,
Cresce a agonia, a gente diminui de tamanho,
Se questiona o porquê das coisas, com torpor.

E o desejo de encontrar aquilo que desejamos antes de dormir,
Ganha força, arrancando pedaços, alimentando o vazio estranho
O qual esperamos, de alguma forma, ser preenchido por amor.

sábado, 25 de junho de 2011

Ela


Sei que ela tem altos e baixos, vai e vem, e no final dizem dar certo...
E ainda escuto dizerem; quão bom é o calor do sol numa manhã de inverno,
Ou como é abraçar aquele alguém que nos provoca taquicardia, mesmo perto
Não estando; Provar deste sentimento amargo e gostoso que reza ser eterno.

Sentir ódio de si mesmo por se apaixonar sempre pela pessoa errada,
Simultaneamente, alimentar esperanças repletas de adrenalina.
Ter a sensação de conquistar os sonhos de maneira sempre desejada,
E rezar sempre que fraquejar e surgir a tão desesperadora neblina...

Quão bom é poder deitar-se sobre a cama e cair nos braços do sono,
Sem nada em mente, simplesmente pensando estar imune de pesadelos...
Acordar e ver ao redor que tudo está como antes, sem abandonos.

Pode até ser verdade, viver sem ter medos ou enfrentá-los... Um apelo
A Deus sempre alivia a alma, desde que se acredite que Este sim existe.
Não é que ela não me atraia, o problema todo é que eu sou triste.

domingo, 5 de junho de 2011

Trem desgovernado


Certas coisas não mudam. O presente não muda o passado,
E nem toda água de torneira, chuva, garrafa, vira vinho...
Tudo é como é; não como parece ser. O inverno é gelado,
E o frio sugere calor, mas calor não se consegue sozinho...

Era criança, esperançosa, sorridente, cheia de sonhos e desejos;
Num breve movimento de abrir de fechar os olhos, hoje vejo
Quantas mudanças aconteceram, quantas noites perdidas sem dormir,
E quantas inúmeras vezes esperamos alguém para nos fazer sorrir.

Como será da próxima vez em que repetirmos o breve movimento?
O amor é como um trem, e cada estação na qual descansa é uma paixão.
Cada parada é diferente, mas todas são iguais por serem passageiras...

Palavras úmidas, cobertas de esperança, entregamos ao vento.
Às vezes, descansamos mais por estar cansados, noutras não.
Quando o trem chega no seu destino final, é pra vida inteira.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Soneto Incomum

"E de repente encontrava-se perdido,
Sem razões para lutar e continuar.
Cercado de erros e por eles iludido,
Caminho desvirtuado, a morte antecipar...

Não sabendo qual lugar o aguardava,
O fez sem hesitar, esperando o fim.
Quando presente se fez, descobriu que não amava
A si mesmo, manchando de sangue o próprio jardim...

Não se comparam dores. Na vida ou na morte
Não existe quem nunca as sentiu alguma hora,
Independente que seja fraco, ou forte...

E os ventos assopram e  não vai embora...
A solidão nunca o deixou sozinho,
E o sofrimento jamais o deixou sem carinho..."


domingo, 10 de abril de 2011

Meu poema de nós dois


São em noites como essa que os desejos invadem a mente,
Enlouquecendo os mais fracos, enganando os mais fortes...
E em devaneio meu, sussurros assopram que estou carente,
Esperando que alguém pergunte como estou, -Sem sorte-

Alguém que me faça estar caso não esteja; que revitalize
Esse corpo sórdido; que toque a alma sem encostar
Num simples gesto de olhar; quero alguém que realize
Não meus sonhos, mas que realize o meu desejo de amar...
(Pessoa)

Mas que não seja pela metade, disperso
Quero o amante, o amor verdadeiro, constante
A razão minha de estar neste universo
A respiração que não demora, ofegante

Que sua voz complete a desejada minha
Pele que vista meu frio e aqueça
Que não mais me deixe sozinha
Chegue amor, fique... permaneça.
 (Vanessa)