Pesquisar este blog

domingo, 5 de julho de 2015

"Foi só um beijo"


Como pode algo tão simples ter um poder tão grande?
É algo que  mata-me silenciosamente por dentro.
Ele transforma santos em demônios.
Ele dá luz à guerra e ao caos dentro de mim.

É o preço que eu pago por amar entregando-me.
O que farei se Ele estiver certo? [...]
O que fazer com todas as lembranças inapagáveis?
O que fazer com minhas esperanças destroçadas?

Tudo irá começar com um único beijo,
Até você começar a tocar o peito dele,
E ele segurar o seu cabelo com força

E você pedir mais e mais e mais
E ele tirar a sua roupa e perder o controle
Até a hora de dormirem juntos.

Muletas

Hoje acordei com uma vontade danada
De tomar um banho daqueles bem gelados.
Daqueles de bater o queixo e fazer barulho,
E ficar gemendo de frio debaixo do chuveiro.

Hoje acordei com uma vontade de sentir algo mais frio que eu,
Só para saber que não carrego a coisa mais gelada do mundo
Em meu peito... E para isso, um banho bem demorado...
Com direito à janela aberta e ventos fortes, com pancadas de lágrimas.

O amor não passa de mais uma muleta psicológica que criamos
Para aliviar a solidão. Não sabemos que muitas vezes ele a aumenta.
Mas, se aumenta ou não, só testando-se para saber...

Há quem diga que o banho frio não é a única solução.
Um abraço quente, um beijo caloroso, e outro abraço quente
Já dão conta. A questão é, muletas brancas ou mulatas?


Vai e não volta


É engraçado como nascemos inocentes e
Ao longo da vida acabamos culpados.
Nascemos aquecidos e cheios de vida
Para acabarmos gélidos cheios da vida.

Nascemos completos. Simplesmente.
Completos de amor, livres do vazio e da dor.
Repletos de pureza, presos às leis da natureza.
Às leis da mudança, e perda da completude.

Viver é ganhar para se perder, e perder para se ganhar.
Vivemos e amamos e odiamos e sofremos todos os dias.
Pessoas vêm e sentimentos vão. Às leis da mudança.

Nascemos cheios para nos esvaziarmos ao longo da vida.
Ganhamos pessoas e momentos inesquecíveis,
Até a morte vir e ficarmos com o vazio da perda. Cada vez maior.