Como tudo na vida, isso também há de ter um fim. Não sei como, mas de certa forma ainda sinto tudo vivo e forte em mim. Talvez seja culpa do frio, talvez sejam as lembranças, ou talvez os dois juntos. O aperto no peito é grande, e a saudade também. Fica entalado na garganta todas as coisas que antes dizia, mas que agora não são mais ditas.
E, eu descobri com o tempo, que nada acontece por acaso, e a gente só entende depois. Isso que eu sinto, é o que está dentro de mim, pedindo para sair. Se não a tivesse encontrado, não saberia o que é isso, pois nunca teria saído...
Mas, agora preciso encontrar um outro lar que abrigue todos os abraços, os beijos, os risos, os carinhos, os olhares, o calor de nossos corpos, e que possamos encontrar algum lugar no tempo para que nada disso se perca. E que dessa vez, seja diferente, onde sentir frio seja uma escolha, e que não haja espaço para o sofrimento.
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