Pesquisar este blog

sexta-feira, 23 de abril de 2021

Andrômeda


Era só mais um dia qualquer de abril

E estávamos sentadeitados no sofá

Como o Atlas na mitologia grega

Eu a tinha em meus braços

 

Segurei seu rosto, e fitava

Cada singela curva

Cada pequeno traço

Na intenção de ter cada detalhe

 

Registrado em minha memória

Até que eu sorri e liguei as pequeninas

E charmosas encantadoras pintas

 

Através de linhas imaginárias com meu dedo,

Como estrelas que formam primorosas constelações

Maravilhosamente fascinantes no céu que habita em mim.



Viajante


Às vezes fico indo e voltando no tempo,

Sem saber ao certo o que procuro

Como um lobo no relento

Guiado pelo instinto, no escuro.

 

Olhamos sem enxergar

que tudo no passado é igual

tudo tem a mesma cor

tudo tem o mesmo sabor e odor

 

E a vida lá não compensa

E a vida aqui com a cabeça lá não dá paz

E essa viagem tem sim um porquê.

 

Não que a dor não me convença

Mas, não ser aquele ser errante mais

Faz você perceber que quem mudou foi você.