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sábado, 14 de novembro de 2009

Frenesi

Finalmente agora eu sinto meu coração fundente.
Após tanto tempo vagando em intensa gangrena,
Deixo esta em que estão os iludidos inocentes...
Não serei mais um no qual a dor envenena...

Agora nasceu meu júbilo em que a vida há de compadecer...
Cansei de entre os homens viver sempre injuriado...
Agora, sinto-me impotente, sem saber o que fazer...
Cansei de entre as mulheres, viver sendo ludibriado...

Dúvida esta que surge temendo o sonho ser ilusão.
Dúvida essa que faz meu peito aceleradamente fulminar.
Será que tudo isso não é mera vertigem do meu coração?

Caso me engane, vida mórbida esta irá novamente me cruciar.
Caso me engane, a água vira vinho e me afogarei em meu cruor.
Será que novamente, outra vez serei cominuído pelo amor?


Trovões

Inutilmente eu contava horas para te encontrar...
E meu céu agora negro com nuvens tão densas...
O azul se foi como o brilho do teu lindo olhar...
Agora nada me resta além de noites extensas...

Trovões rasgam o céu com o som ensurdecedor...
Tão rápidos que meus olhos mal conseguem ver...
Lembro-me das noites frias em que trocávamos calor...
E de muitas outras que certamente tu irás esquecer...

Alguns romances são como trovões que atravessam o céu.
Em seu início é tão brilhante como um lindo diamante.
E como um relâmpago ele desaparece destruindo o véu...

Após vem o grito de raiva que sai do peito arfante...
Perdido está meu confuso e tosco coração,
Se este não passou de mais um mero trovão...