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sexta-feira, 26 de julho de 2013

Descartáveis


Se quebrar, você troca.
Se não gostar, joga fora.
Se enjoar, deixa de lado.
Se lembrar, finge que esquece.

Se irritar, faz de conta que não existe.
Se magoar, magoa mais.
Se errar, crucifica.
Se arrepender, nunca existiu.

Se mais, menos.
Se menos, mais.
Se mostrar a verdade, nega.

De tanto visar o que não se tem,
Não se tem nada, e tudo perde o valor.
Tudo se torna descartável, até as pessoas.

Amor intermitente

Às vezes me pergunto se tudo é tão confuso,
Ou se nós as tornamos mais do que já são.
Às vezes, o amor entra como um intruso,
E de repente, rouba parte do nosso coração.

E repentinamente, ele faz suas malas, e parte.
Confuso ou não, dói. E conciliar razão e sentimento,
Cá entre nós, nunca deu certo. Por toda a parte,
Há partes de um amor efêmero, um amor de vento.

“Não podemos ver, mas podemos sentir.”
Engraçado como isso parte o coração em pedaços,
E mesmo assim, se o amor fosse intermitente,

Eu a amaria, mesmo sabendo da dor ao partir...
Teria sempre em meu peito, um espaço.
Ora maior, ora menor. Torpor presente...

Tempestade


E são nos dias mais frios que a peleja é mais longa.
Dias cinzas, quase negros, dias de tempestade.
Mas apesar disso, por trás dela, o sol está a brilhar.
E ele nunca sequer parou. Só está a espera dela passar.

É na tempestade que nos sentimos fracos, com frio;
São nas piores que se tiram as melhores lições.
Na vida, enfrentaremos inúmeras, e fugir delas é tolice.
Elas destroem tudo, mas não se preocupe, o sol virá.

Pegue seu agasalho mais grosso e se proteja do frio,
Não deixe que ele congele o seu coração...
Não espere que as coisas mudem debaixo do seu cobertor;

Elas não irão. É preciso ir lá fora e encarar a tempestade.
Se nós sentimos o calor, é porque nós sentimos o frio.
Se nós sentimos dor, é porque nós sentimos...


Mas o sol virá.