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sábado, 12 de junho de 2010

Nunca é tarde para amar



O frio é congelante e impiedoso este que invade
A madrugada que chega, juntamente com a tua
Pessoa que acaba de adentrar com minha propriedade
Sobre pernas brancas, e uma pele como a lua.

Chegastes tarde, mas não tanto para que deixasse
De possuir-te, de sentir teu calor corpóreo...
Chegastes tarde, mas não para que não a amasse
Mais... Meu amor é como um esboço arbóreo

Que a cada ramo, mais estão a surgir e completar
O espaço que falta até preencher tudo o que há,
O que há por fora, o que por há dentro de nós...

É algo que se nutre sozinho, basta deixar amar
Que o que tiver de ser, há de ser mais do que será.
És tu minha amada, de todo meu amor é a foz.



O que os jovens pensam

Quando jovens, pensamos que encontraremos nosso amor,
Mas as aventuras da adolescência só nos fazem perder de vista.
As cicatrizes do siso nos mostram que é preciso saber o que é a dor
Para saber que o amor não é como nos quadrinhos das revistas...

Quando jovem, confesso que caí nas armadilhas sem saber.
Confesso que não queria escutar os mais velhos, chatice...
E confesso que quando cresci, somente, pude compreender
Que é fundamental tropeçar, e passar por toda babaquice.

Quando jovem, minha doente pessoa amava uma mulher feita,
Evidente amor de adolescente, amor impossível, perigoso...
Mas o amor era puro, intenso, sequioso, ela era perfeita...

E sempre que a via, sabia que era impossível, isso fazia mais gostoso.
Até que certo dia, já homem feito, acordei em minha quente cama,
E ao meu lado, não estava ela, mas eu a amava tanto quanto quem ama.