Pesquisar este blog

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Só um pouco


O que não nos é dado livremente não devemos insistir.
E como é ruim ser muito quando a outra é tão pouco.
A vontade é de pagar a tua ausência com meu esquecimento,
Mas, a esperança é uma maldição que puseram em mim.

Certa vez me disseram para nunca desistir daquilo que me faz sorrir.
E há uma linha tênue entre a insistência e a desistência...
No entanto, você pode até acabar com todas as chances que não tenho,
Mas, se há algo que você não pode impedir, é o meu amor.
[...]
Eu fico pensando no dia em que você vai acordar no meio da noite,
E resolver me telefonar para dizer que precisa me ver e buscar
Aquilo que deixou comigo desde o dia em que nos conhecemos...

Fico pensando no dia em que você resolver buscar a tua ausência,
E quem sabe, resolver levar alguma outra coisa em seu lugar...
Um pouco de carinho, talvez, ou quem sabe um pouco de mim.


Como fumaça


Não adianta fugir de quem está no nosso coração.
Não adianta preencher o espaço vazio com nada.
Quem está no nosso coração está em toda parte.
Não se preenche o vazio com nada, se disfarça.

Não adianta segurar a mão dele se quer a minha.
Não adianta tocar os lábios dele, se pensa em mim.
De quê adianta sentir tanta coisa, mas não ter coragem?
De nada, e de nada adianta sonhar sem buscar realizar.

Não adianta ser leve e estar por toda parte sempre,
Se nem tocá-la eu posso; se não posso prendê-la ao meu sorriso.
Como se viesse feito fumaça, e fizesse do meu amor seu combustível...

De tudo que 'não adianta' ela consegue gabaritar todos os quesitos.
E quando realmente se der conta, talvez, não adiante mais.
A cada escolha uma renúncia; a cada renúncia sua, um passo adiante.


Minha casa, meu lar


É difícil explicar, com palavras, a dor de um tormento.
É mais ainda ter que vivê-lo todo santo dia, incessantemente.
Ninguém disse que era para ser brando, seu sofrimento;
Mas nem ódio, nem revolta, só sinto dor ultimamente.

Sei que não devemos, meu Pai, nos comparar com os demais;
Mas devo então cegar meus olhos e calar meu coração?
Não sinto inveja, não sinto revolta... Só sinto que não sou capaz.
E de todas as tentativas, o fracasso se torna de praxe a premiação.

O que fazer quando o seu máximo não for o suficiente?                             [...]
Todos temos um limite. Atravessá-lo, às vezes, é perigoso.
Sinto como se segurasse uma pedra, com ambas as mãos, em brasa.

Já não quero que isso passe e nem que alivie para que me sinta contente.
Eu não quero, meu Pai, que sinta pena e por isso seja caridoso...
Eu só quero, e lhe suplico... Deixe minha'lma partir para casa.