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domingo, 4 de outubro de 2015

Escravo do medo


Não aguento mais me sentir assim...
Sentir essa tristeza vestida de tragédia na minha vida.
Amores tão baratos que não pagam nem a camisinha.
Por onde se esconderam as pessoas decentes?

Enquanto eu tapo meus ouvidos para as mentiras,
Meu coração tapa meus olhos para a realidade.
E o medo de amar se alimenta e cresce cada vez mais.
E para o meu bem, dele tornei-me escravo.

A dor é tão forte que não consigo mais correr atrás.
Acredito que na hora certa, quando os planetas se alinharem,
Um anjo descerá do céu, e virá de encontro até mim...

Ou então, pode esbarrar comigo na fila da padaria.
Mas, que pelo menos apareça alguém capaz de me libertar
Dessa escravidão que é ter medo de amar novamente.

Memória RAM


No mundo de hoje conhecemos mais pessoas,
E ao mesmo tempo as conhecemos menos.
Os aplicativos de celular são como supermercados,
Onde se encontram pessoas para todos os gostos.

Compartilham-se fotos, vídeos, e conteúdo pessoal.
Compartilham de tudo, exceto sentimentos.
Está tudo cada vez mais virtual e mais afastado do real.
Essa transição de mundos é enlouquecedora e revoltante.

É fácil perceber que um boa noite e bom dia todos os dias
São sinal de que a pessoa pensa em você antes de dormir e acordar...
Mas, é tão simples encaminhar a mesma mensagem para tantas outras.

Alguém entra na sua vida hoje e sai tão rápido... É como se
Apagássemos as fotos e as conversas do celular como se apagássemos da vida.
As pessoas estão cada vez mais modernas e sem sentimentos.


Presente do passado

Não canso de dizer que odeio despedidas.
Não quero alguém completamente pronta,
Não precisa ter planos ou projetos de vida...
Se tiver vontade de fazer acontecer, já é o suficiente.

Querer é o bastante para, juntos, fazermos acontecer.
Mas, quando se pensa pequeno, não há paixão que segure.
Mas, quando se acomoda demais, não há sexo que prenda.
De que adianta ter vontade de ser minha, e não sonhar comigo?

Não canso de dizer que odeio despedidas.
Mantenho perto de mim aquilo que me faz bem
Pelo tempo que puder e me fizer.

Não canso de dizer que odeio despedidas.
Mas, a falta de vontade, isso sim me cansa.
"Passado se fosse bom, chamar-se-ia presente."