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quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Mal acostumado


Sofro de uma doença no coração: Inelasticidade.
Se hoje você me dá uma certa quantidade de amor,
Não me venha com menos amanhã, pois não será o bastante.
Dizem que o amor não tem limites e meu coração não tem fundo,

Ele quer mais e mais, cada vez mais.
É por isso que não é qualquer coisa que me serve.
Se você vier com miséria, não vai durar muito.
Só aceito um amor maior do que meu maior amor.

Não me responsabilizo por danos, ou empedacilhamento,
A culpa não é minha se não há seguro sofrimento,
E sim de quem tem mais medo na cabeça que amor no coração.

Não sou uma criança mimada que não sabe viver com pouco,
Mas, assim como um alcoólatra não se sacia facilmente,
Eu não me sacio com o pouco amor que me ofertam.


Trocador, troca dor, troca música


Não sei adjetivar como é quando estou dirigindo,
Com a mente ocupada, a mil por hora,
E de repente, toca a nossa música no rádio.
Meus olhos se apertam com força, e tudo vem à tona.

Seu sorriso, o calor dos seus olhos nos meus,
Sua pele de veludo, fria como a neve,
Sua mão na minha, sua boca na minha,
E tudo aquilo que poderia ter sido.

Eu até troco de música,
Mas, não tem como trocar de passado.
Não tem como trocar um sentimento.

Não tem como trocar o que você foi,
E nem o que você é para mim.
Só tem como trocar de música.