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quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Feijões

Domingo. Um dia cinza qualquer, como costuma ser em agosto. Sentado na mesa da varanda do sítio, escolhendo feijão. Foram colhidos mais de cinco quilos, e se eu não os escolhesse, provavelmente nós perderíamos por conta da umidade. Durou pouco menos de duas horas, onde mal pude perceber o tempo passar.
Existem feijões vermelhos, pretos, brancos, marrom, rajados e muitos outros. A gente tem um tipo de feijão preferido, apesar de comer qualquer um na grande maioria, afinal, é feijão. Para se fazer uma boa feijoada, o primeiro passo é escolher os grãos que irão para a panela. Isso depende de quem escolhe. Há quem coloque na panela somente os grãos maiores; há quem não coloque na panela os grãos que estão com uma cor levemente diferente e há quem coloque tudo e só tire as pedras. 
Muitas vezes olhamos rapidamente para o grão e já pensamos que aquele ali irá dar um caldo bom, e numa atitude vã, o colocamos na panela; sem saber, que por dentro de um feijão graúdo, pode conter um verme que o comeu por dentro. Muitas vezes, jogamos fora grãos bons, somente por aparentarem estar esquisitos. Noutras, jogamos os grãos em algum canteiro de casa, ou em uma terra qualquer. Pode ser que dali nasça um pé de feijão, e mesmo que ele seja diferente dos outros, ele continua sendo um grão-bom, sacrificando-se assim, para que outros grãos possam vir, sadios e bem nutridos, de forma que consigam entrar nas panelas. Estava tudo normal, até que:  somos todos feijões – pensei.
A panela é nossa vida, e nós escolhemos os feijões que entram nela e os que ficam de fora. Através de critérios aleatórios – talvez um tanto que lógicos, mas, involuntários. 

E você, já parou para pensar em como você escolhe feijões hoje?