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segunda-feira, 3 de março de 2014



Às vezes, parece que ao invés da vida ter me pregado uma peça, ela resolveu me pregar o teatro inteiro.

Amor iludido


Seu sorriso foi o tesouro que a minha ganância quis.
Seu olhar é o raio de sol escondido pela tempestade.
Seu nariz nada sentiu, e sua orelha jamais ouviu minha boca.
Seu corpo longe do meu, agora está, e sempre estará.

Sua pele é uma porcelana rara, que nunca vou ter.
Sua mão na minha foi uma miragem, como o amor.
Seu rosto é uma pintura, guardada num museu.
Seus lábios... Ah, seus lábios! São só seus...

Seu corpo é um pêssego, perfumado, e gelado.
Seu perfume é uma lembrança amarga, traiçoeira.
E seu calor... Alimenta o gelo vivo em meu peito.

Sua sombra é ótima para suas falsas verdades;
Na sua ausência, aprendi a fazer a minha.
E do meu amor, o amor mais iludido.

domingo, 2 de março de 2014

Olhos gelados



Meus olhos estão a sua procura dos seus.
Eles são a janela para a alma, e preciso ver a sua.
Não há nada que eles escondam. Ficaria nua.
Preciso fazer dos seus suspiros, todos os meus.

E dos seus seios, o lugar perfeito para estar.
Perto de seus lábios, perto de seu coração;
Tendo em minha cabeça o carinho de sua mão;
E em minha alma, a certeza que estava a procurar.

Isso não se trata de uma história de amor.
É algo muito maior do que uma história boba.
Isso se trata de uma história sobre o amor.

É impossível esquecer alguém a qual sorrisos, rouba.
E que deu tantos motivos para ser lembrada com carinho.
O que há de se fazer, quando tudo o que se ama, se amou sozinho?