É ganhei um apelido. É Zinho. Pequeno né? Mas é só Zinho
mesmo. Sozinho.
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sábado, 21 de junho de 2014
sexta-feira, 20 de junho de 2014
" "
Eu queria que tudo desse certo, só hoje.
Queria você do meu lado, só sempre.
Como eu queria não pensar, só hoje.
Como eu queria você, só hoje, só sempre.
Carta ao Acaso
Certa vez eu li que nada acontece por acaso.
Ri comigo mesmo, e pensei que todo o fracasso;
Foi de propósito; todas as amizades, um atraso.
E o que diria do amor sempre escasso?
Seria menos doloroso se tudo fosse mera coincidência.
Se por acaso a solidão é um abismo, de propósito é um doce;
Um doce com sabor de lágrimas; um doce que o acaso me
trouxe.
Seria menos agoniante se tudo fosse perda de consciência...
Se eu pudesse escrever uma carta para o acaso seria assim:
“Senhor Acaso, por favor, mande algumas sementes de amizade,
E ah, mande também uma semente de pé de amor.
Estou precisando plantar essas sementes no meu jardim.
Ele anda meio vazio, cheio de mato e lixo, pra falar a
verdade;
Pelo menos isso vai servir de adubo, afinal, tudo tem um
motivo maior, não é?”
quinta-feira, 19 de junho de 2014
Presidio do amor
Como presidiários os dias começam a se arrastar diante de
mim.
Com suas correntes barulhentas, sem me deixar conseguir
dormir.
Com seus resmungos; clamando por uma justiça que não existe,
sem fim.
Os dias como os presidiários, esperam por sua liberdade,
para existir;
Para ter para onde ir além das grades sujas e geladas da
prisão.
Eles foram condenados por falta de amor; e então postos numa
cela.
Foram proibidos de passar, e assim parecia uma eternidade na
escuridão.
Os dias pareciam não ter fim; como é um inferno viver sem
ela...
A realidade é dura e não se importa se você a aguenta ou não
aguenta.
Ela está diante de nós, e ainda assim nos recusamos a vê-la.
Sim, é difícil.
É difícil admitir que precisamos de alguém quando não
queremos precisar.
Se sentir saudade for sinônimo de fraqueza... Estou longe de
ser forte.
Eu já não quero aquela coisa toda... Só quero ter um alguém
para voltar.
Um alguém que me faça arder os olhos, como se estivesse
olhando o Sol.
Sempre pedra
Era bastante estúpido; com poucas palavras, sempre secas.
Monossilábico era a todo instante; e sua grosseria, única.
Seu olhar profundo nos olhos era sempre desconfortante.
Sempre frio, sempre rígido, parecia uma pedra perdida do
tempo.
Com o tempo, os rios secaram; As montanhas mudaram de lugar;
As florestas sempre morrendo; as geleiras derretendo; as
nuvens dançando.
O tempo passa e as coisas mudam... Mas a pedra, esta
permanece imutável.
Gelado, estúpido, rígido, frio e ao mesmo tempo profundo e
sensível.
Assim o era e assim era o seu amor. Um amor nada perfeito,
um nada perfeito.
Mas, não era para ser perfeito. Afinal, são pelos defeitos
que nos apaixonamos.
É o que tornam as pessoas únicas umas para as outras. Peças
iguais não se encaixam.
Assim o era e assim era o seu amor. Uma pedra fria e
solitária. Uma pedra pesada.
Uma pedra imutável, constante, uma pedra, sempre pedra. Nada
mais que pedra.
Eu até entendo que de pedras são poucos os que gostam de
carregar a vida inteira.
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