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terça-feira, 30 de setembro de 2014

Minha casa, meu lar


É difícil explicar, com palavras, a dor de um tormento.
É mais ainda ter que vivê-lo todo santo dia, incessantemente.
Ninguém disse que era para ser brando, seu sofrimento;
Mas nem ódio, nem revolta, só sinto dor ultimamente.

Sei que não devemos, meu Pai, nos comparar com os demais;
Mas devo então cegar meus olhos e calar meu coração?
Não sinto inveja, não sinto revolta... Só sinto que não sou capaz.
E de todas as tentativas, o fracasso se torna de praxe a premiação.

O que fazer quando o seu máximo não for o suficiente?                             [...]
Todos temos um limite. Atravessá-lo, às vezes, é perigoso.
Sinto como se segurasse uma pedra, com ambas as mãos, em brasa.

Já não quero que isso passe e nem que alivie para que me sinta contente.
Eu não quero, meu Pai, que sinta pena e por isso seja caridoso...
Eu só quero, e lhe suplico... Deixe minha'lma partir para casa.