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sexta-feira, 20 de junho de 2014

Carta ao Acaso



Certa vez eu li que nada acontece por acaso.
Ri comigo mesmo, e pensei que todo o fracasso;
Foi de propósito; todas as amizades, um atraso.
E o que diria do amor sempre escasso?

Seria menos doloroso se tudo fosse mera coincidência.
Se por acaso a solidão é um abismo, de propósito é um doce;
Um doce com sabor de lágrimas; um doce que o acaso me trouxe.
Seria menos agoniante se tudo fosse perda de consciência...

Se eu pudesse escrever uma carta para o acaso seria assim:
“Senhor Acaso, por favor, mande algumas sementes de amizade,
E ah, mande também uma semente de pé de amor.

Estou precisando plantar essas sementes no meu jardim.
Ele anda meio vazio, cheio de mato e lixo, pra falar a verdade;
Pelo menos isso vai servir de adubo, afinal, tudo tem um motivo maior, não é?”