Algumas coisas
na vida parecem não ter limite. A falta de bom senso das pessoas; a cara de
pau; falsidade; omissões; são bons exemplos. Como ser humano qualquer, cansado
também.
Cansado desse
vai e vem de pessoas que chegam tirando tudo de lugar e vão embora sem ao menos
colocar as coisas no lugar. A diferença é que, pessoas se submetem ao passado,
mesmo após terem sido feitas de idiotas. Mas, não é o meu caso. Eu tenho uma
coisa aqui dentro, uma espécie de repulsa que é ativada nessas situações.
Milagrosamente, por mais doloroso e tentador que seja, eu não volto atrás.
Alguns chamariam de orgulho, mas eu diria que é uma espécie de amor próprio.
As pessoas são
tão cruéis ao pensarem que os outros estarão sempre a disposição delas e fazer
os outros de idiotas. À essas pessoas, a minha frieza, a minha indiferença, o
meu esquecimento. Quando pessoas assim descobrem que você foi embora e não irá
voltar mais, aí elas incrivelmente voltam-se para você. Mas, não se deixe
enganar, elas voltam-se apenas para se aproveitar e depois irem embora.
Elas sempre
querem ter tudo e todos. Querem manter seu ego elevado, querem multidão para
ver sua "grandeza". Não sou macaco de circo para aplaudir uma
apresentação desse tipo. Elas perdem o respeito ao serem assim. Ao ficarem se
exibindo, tanto dos atributos físicos; algumas até do seu intelecto. Mas, veja
que ironia, achar-se intelectual tendo atitudes tão primitivas. Somente os
macacos irão aplaudir mesmo, e não são poucos. "O errado é errado, mesmo
que todos estejam fazendo. O certo é certo, mesmo que ninguém esteja
fazendo."
Diria que pior
do que ser feito de idiota, é ser a segunda opção de alguém. O segundo lugar é
o primeiro a perder... Mas, se há algo de prazeroso nisso tudo, é virar a mesa.
Fazer a pessoa comer sua própria merda. É fazê-la arrepender-se. É tentar mudar
a sua natureza má, provando da própria maldade.
E então clamo
à Deus por misericórdia. Meu pedido é atendido e por misericórdia recebo a
solidão. Antes estar sempre só a estar nesse vai e vem no abismo das emoções.
Alimentar emoções, criar expectativas, ter esperança... É o conflito interno
entre arriscar e se foder, e não arriscar e não quebrar a cara.
Somos livres
em nós, e reféns de nós. Somos reféns de nossa própria existência, de nossos
sentimentos. A liberdade, esta linda, é uma questão de abdicação. Abdicar das
vontades, dos desejos, e de algumas necessidades. Faço do amor, minha renúncia.
Para solidão, minhas boas vindas.