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sexta-feira, 17 de abril de 2015

DÔI MENOS NATOS FIM


Preciso encontrar uma maneira de domar os meus demônios.
O quanto antes, antes que eles acabem comigo...
É uma dor que consome de dentro para fora; enlouquecedora.
E como tudo tem uma origem, vou explicar como aconteceu.

No início era o nada, e fez-se luz. A esperança nasceu em mim.
Ela teve uma filha, seu parto foi difícil, e foi batizada de dor.
A dor se apaixonou pelo sofrimento, e tiveram um filho, o amor.
Mas, o amor...  O amor nasceu para ser par, para ser amado, não separado.

E foi então que o amor se transformou em ódio, e envenenou meu coração.
Tornou-se um palco perfeito para meus demônios me possuírem.
E consumirem-me até a última lágrima tornar-se agonia.

No início era o nada, e fez-se luz.
Agora ainda é um nada, mas fez-se escuridão.
O fim, será uma luz escurecida com sangue.


(Demônios famintos)