Preciso encontrar uma maneira de domar os meus demônios.
O quanto antes, antes que eles acabem comigo...
É uma dor que consome de dentro para fora; enlouquecedora.
E como tudo tem uma origem, vou explicar como aconteceu.
No início era o nada, e fez-se luz. A esperança nasceu em
mim.
Ela teve uma filha, seu parto foi difícil, e foi batizada de
dor.
A dor se apaixonou pelo sofrimento, e tiveram um filho, o
amor.
Mas, o amor... O amor
nasceu para ser par, para ser amado, não separado.
E foi então que o amor se transformou em ódio, e envenenou
meu coração.
Tornou-se um palco perfeito para meus demônios me possuírem.
E consumirem-me até a última lágrima tornar-se agonia.
No início era o nada, e fez-se luz.
Agora ainda é um nada, mas fez-se escuridão.
O fim, será uma luz escurecida com sangue.
(Demônios famintos)