Pesquisar este blog

segunda-feira, 3 de março de 2014

Amor iludido


Seu sorriso foi o tesouro que a minha ganância quis.
Seu olhar é o raio de sol escondido pela tempestade.
Seu nariz nada sentiu, e sua orelha jamais ouviu minha boca.
Seu corpo longe do meu, agora está, e sempre estará.

Sua pele é uma porcelana rara, que nunca vou ter.
Sua mão na minha foi uma miragem, como o amor.
Seu rosto é uma pintura, guardada num museu.
Seus lábios... Ah, seus lábios! São só seus...

Seu corpo é um pêssego, perfumado, e gelado.
Seu perfume é uma lembrança amarga, traiçoeira.
E seu calor... Alimenta o gelo vivo em meu peito.

Sua sombra é ótima para suas falsas verdades;
Na sua ausência, aprendi a fazer a minha.
E do meu amor, o amor mais iludido.