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domingo, 15 de novembro de 2009

O corvo

Ontem a noite um corvo pousou na minha janela...
Por um momento pensei que fosse minha cortina...
Mas ele viera e em sua boca estava o coração dela...
E então, a dor chegou e até agora ainda me abomina.

Jovem demais para partir, cedo demais para sucumbir...
Triste é para aqueles que não enxergam outra saída...
Triste é para mim, ver-te durante minha vida dormir...
Desistiria dessa... Fecharia assim esta minha ferida...

Derramo lágrimas tão negras como as suas penas...
Escorrem pelo meu rosto e encontram o chão duro,
No qual estarei aqui neste quarto completamente escuro...

Seu coração frígido me traz lembranças pequenas...
Nas quais me afundam cada vez mais em meu cruor...
Não busco outra saída, senão o seu triste doce amor.