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sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Passaporte para o paraíso

  

Talvez nunca descubra a textura dos seus lábios,

Ou a respiração taquicardíaca quando seus olhos 

Miram os meus, inevitável como a onda que levanta

E que vai quebrar ao chegar perto da areia...

 

Eu vou confessar que enterraria meu nariz 

Nas montanhas das suas curvas, do pescoço 

Até seus quadris, e lá dormiria para sempre.

Prenderia seu rosto nas minhas mãos

 

A fim de não perder o revirar de seus olhos

E sua boca abrir involuntariamente e sorrir depois

Abraçando-me e secando o suor de nossos rostos.

 

Nunca imaginei que o preço do paraíso

Seria pago cometendo um pecado.

E para chegar lá passaria pelo inferno...