Talvez nunca descubra a textura dos seus lábios,
Ou a respiração taquicardíaca quando seus olhos
Miram os meus, inevitável como a onda que levanta
E que vai quebrar ao chegar perto da areia...
Eu vou confessar que enterraria meu nariz
Nas montanhas das suas curvas, do pescoço
Até seus quadris, e lá dormiria para sempre.
Prenderia seu rosto nas minhas mãos
A fim de não perder o revirar de seus olhos
E sua boca abrir involuntariamente e sorrir depois
Abraçando-me e secando o suor de nossos rostos.
Nunca imaginei que o preço do paraíso
Seria pago cometendo um pecado.
E para chegar lá passaria pelo inferno...