I
Não é que eu nunca sinta sono de madrugada,
Não é que eu esteja sempre muito pensativo,
Não é que eu sempre não queira nunca nada,
Não é que para tudo eu tenha um motivo...
Ainda costumo beber água sem vontade alguma,
Ainda costumo me afogar em bebida quando só,
Ainda costumo não me interessar por mulher nenhuma,
Ainda costumo o mesmo, não preciso que sintam dó...
Não parece, mas tudo tende tediosamente a se repetir,
Não parece, mas há pessoas que ainda acreditam...
Não parece, mas tudo pode melhorar se ela sorrir...
Não é que eu não queira ver um novo caminho...
Ainda costumo pensar que um dia será verdade,
Não parece, mas se não for com você, sozinho.
II
Não é que eu nunca sinta sono de madrugada,
Mas é que pensar tanto nela é deixar se contagiar
Com um sentimento que não trocaria por nada,
Muito menos por horas de sono, pra variar...
Ainda costumo não me interessar por mulher nenhuma,
Por que nenhuma tem o calor que ela tem, nenhum sorriso
Consegue abraçar minha alma como a mais pura bruma...
Nenhuma delas consegue me elevar até o pobre paraíso.
Não parece, mas há pessoas que ainda acreditam...
Ainda acreditam que o amor existe e irá aparecer
Na hora certa, quando as duas almas se sintam
Prontas... Não é loucura não querer outro caminho,
É loucura deixar um sentimento desses desaparecer.
Por que fugir se nela encontrei o meu doce ninho?