Não sei como escrever isto, muito menos te dizer
Mas, preciso tirar isso de dentro de mim, antes que apodreça
E termine de matar esse corpo que um dia há de perecer.
Quero que saiba, antes que da minha vida desapareça,
Que ela foi à última tentativa de suicídio.
Algumas coisas não resistiram, das quais o amor
E a esperança, que foram jogados de um precipício.
Não adianta tentar consertar o meu cruor
Pois a dor e o sofrimento, estes eu preciso sentir.
Preciso do meu luto, do meu silêncio e da minha paz,
Da minha solidão vazia de luz, enquanto fraco e incapaz
Ainda mantenho-me de pé, com vergonha de sucumbir.
Espantando as moscas das minhas feridas,
Tentando viver o que alguns chamam de vida.