Pesquisar este blog

sábado, 21 de março de 2015

Elevador


Caixa vazia, gelada, que sobe e desce em um único sentido.
Pessoas entram e saem, e ele sobe e desce, sobe e desce.
A maioria lotação máxima, mas esse para dois somente.
Por enquanto ele é público, mas há de se tornar privado.

Como uma caixa metálica que se abre e fecha, sobe e desce;
Gelado como metal, vazio com espaço para dois.
Assim é a caixa de gelo que em meu peito repousa.
Pública, amassada, pichada, desgastada, quebrada.

Como pode algo ser e não ser, simultaneamente?
Só existe uma coisa que explica. Mas já está morto.
Explicaria talvez o porquê de gostar e não gostar de elevadores.

A grande confusão é: Vemos e ouvimos o que queremos ver e ouvir.
Ela no fundo tem medo, e não gosta de elevadores...
O que ela gosta mesmo, é de elevar a dor.