Existem
vários tipos de pessoas. Eu sou do tipo queijo.
Não
aquele branco, mas sim o amarelado, meio duro.
Esse
mesmo, parece suíço só que não é mas, tem furos.
Quando
novo gera aquela água cheirosa que desperta o desejo.
Água
meio salgada, feito mar podre. Se não jogá-lo fora,
Quem
sabe alguém ainda me possa cortar em pedaços
Para
que possa esfarelar mais e mais. E o queijo chora.
Cobrindo,
com sua água fétida no prato, todos os espaços.
Não
demora muito e logo ele fica velho e azedo.
Cria
uma crosta amarela e verde com um pó.
Não
sou especialista mas, diria que se chama mofo.
Queijo
passado faz mal e as pessoas têm medo.
Medo
de consumir, nojo de cheirar, a garganta dá um nó.
O
estômago embrulha; o coração para de bater; amorfo.