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quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Pêssegos Mofados


Seu perfume e sua beleza eram absurdos.
Seu sorriso era poderoso... podia parar o tempo.
Fazia corações acelerarem, a todo momento.
Sua pele tinha uma espécie de relva de veludo;

Gostosa de fazer carinho e de passar o rosto.
E quando a encarava surgia um rubor alaranjado.
Cobria-a então com um cobertor de beijos ilimitado.
De todos, seus lábios são os que eu mais gosto.

Sem saber, fui guardar meu pêssego em um pote de vidro.
Assim, ninguém poderia tirar nada dela, sequer um cheiro.
Não era um qualquer... aquele pêssego era um sentimento.

Certo dia o vidro chorou e ele não era mais o mesmo...
Estava com um tom de verde, parecia possuir por inteiro.
O pêssego havia mofado e nada doía mais que isso naquele momento.