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domingo, 5 de janeiro de 2014

Regador, rega a dor, com amor.


Às vezes, o silêncio de uma voz esconde gritos de agonia.
Gritos de dor, gritos de revolta, gritos de raiva, gritos roucos.
Roucos de não aguentar mais gritar, enquanto, ninguém ouvia.
Todos sempre cheios de si, porém vazios. Sempre foram poucos.

Absorto num silêncio estrondoso começa uma procura sem fim.
Procura-se uma amizade que acima de tudo seja sincera.
Mas, que seja uma ao menos. E que não haja espinhos no jardim.
Que seja quente, e possa colorir o preto e branco com a primavera.

Que suas raízes sejam firmes no solo, e que tenha uma essência.
Raízes firmes... Isso só o tempo pode oferecer, só o tempo irá dizer.
Não existem raízes tão firmes como as que já possuem uma vivência.

Por debaixo das folhas secas, elas ainda estão lá, porém difíceis de ver.
Os gritos diminuem, as folhas vão embora, e uma velha amizade reaparece.
O que foi não deixará de ser. E o que vier, a gente dá água pra ver se floresce.