Era uma vez um sorriso. E numa noite, cruzou o meu olhar.
Seu cabelo era dourado, e seus olhos tinham cor de mel.
Sua boca era um tanto que inocente, não pude não reparar.
Era uma vez uma virgem. Mas se perdeu do caminho do céu.
Sua pele era tão gostosa que por hora me confundi com
veludo.
Suas mãos eram frias. Seu corpo todo o era. Mas nesta noite
não.
Nesta noite poucas palavras, alguma coisa não me deixou
dizer tudo.
Mas disse: “Mãos geladas escondem um quente e grandioso
coração.”.
Arrancar seu sorriso era como roubar um pedacinho do
paraíso.
Deitei-me sobre seu colo, e suas mãos surgiram em meu
cabelo,
Em meu rosto... Beijei seu nariz, beijei sua testa, e seu
sorriso.
E em troca, recebi nada mais do que o toque do seu gelo.
Fechei os olhos então, deitei-me e pus-me a pensar.
Talvez seja nova demais para saber o que é amar..
Ou não. Torpor maldito.