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segunda-feira, 29 de julho de 2013

Era uma vez


Era uma vez um sorriso. E numa noite, cruzou o meu olhar.
Seu cabelo era dourado, e seus olhos tinham cor de mel.
Sua boca era um tanto que inocente, não pude não reparar.
Era uma vez uma virgem. Mas se perdeu do caminho do céu.

Sua pele era tão gostosa que por hora me confundi com veludo.
Suas mãos eram frias. Seu corpo todo o era. Mas nesta noite não.
Nesta noite poucas palavras, alguma coisa não me deixou dizer tudo.
Mas disse: “Mãos geladas escondem um quente e grandioso coração.”.

Arrancar seu sorriso era como roubar um pedacinho do paraíso.
Deitei-me sobre seu colo, e suas mãos surgiram em meu cabelo,
Em meu rosto... Beijei seu nariz, beijei sua testa, e seu sorriso.

E em troca, recebi nada mais do que o toque do seu gelo.
Fechei os olhos então, deitei-me e pus-me a pensar.
Talvez seja nova demais para saber o que é amar..

Ou não. Torpor maldito.