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domingo, 19 de setembro de 2010

A mentira mais bela: Amor

Não sei por onde começar, mas já não me controlo.
Não entendo mais o que sinto, se é bom ou ruim,
Se é ilusão ou verdade. Quanto mais tento mais embolo
As linhas que me levam à realidade de um poço sem fim.

Procuro fragmentos que possam me libertar
Da solidão, das lágrimas, dos pesadelos incontáveis;
Buscando nelas, o que nunca sei se irei encontrar.
Por que então continuar estes versos imensuráveis

Nesta noite que certamente será eternamente
Longa, repletas de gritos em meu peito, de arranhões
No piso do quarto, choro sufocado no travesseiro

Encharcado? Não sei mais se tudo isso é fruto da mente,
Ou se é da visão que tenho de mim e minhas aberrações
Que sem dúvidas a leva de mim, matando-me por inteiro...

Busco nelas o que sei que não irei encontrar,
Por simples desencargo de não ter tentado...
E a cada boca, só consigo os olhos fechar,
E sentir-me vazio, traído e enganado...

O que sinto não tem definição, não tem conceito
Que diga o que é, não tem cura, não tem explicação.
Falho erroneamente tentando achar um único defeito
Em teu sorriso, na tua pele, em teu todo de tentação.

É tarde demais para negar o que ela se tornou pra mim.
É tarde demais para buscar um caminho cuja volta
Não existe mais, e que não quero encontrar sem um ‘sim’

Para esse sentimento não correspondido pela revolta
Que o destino me trouxe. Não adianta mais fugir da dor,
Não adianta mais esquivar dos fatos que comprovam o amor.