Pesquisar este blog

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

A marca do amor

Não conseguimos segurá-las quando sentimos dor.
É como se algo gritasse liberdade dentro do peito.
Há vezes nas quais elas descem com tanto rigor...
Mas como tudo na natureza, não tem como ser perfeito.

Lembro-me que quando meu amor encontrou o céu,
Elas escorriam e dentro de mim crescia o pavor...
Como se escorresse sangue e sujasse o seu fúnebre véu...
Ele inunda o seu lugar de repouso como meu amor...

E para debaixo da terra seu corpo há de apodrecer...
Mas sinto como se sua alma estivesse ao meu lado.
Sinto que minha carne, vermes estão a comer...

Como é a dor de ver na tua lápide, lá enterrado,
O coração que bateu por dois corpos numa só vez...
O amor que me deste quando a vi não se desfez.